sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Dac .Geografia - Revolução do mundo Árabe


   A recente revolução no mundo árabe, que desabrochou com a vitória das massas da Tunísia, derrubando a ditadura de Ben Ali, segue, com furor, agora contra o ditador egípcio Hosni Mubarak, grande amigo do imperialismo americano, encastelado no poder há três décadas.
   Mas a revolução na Tunísia não só derrubou a ditadura de Ben Ali, como instigou a revolta na Argélia, na Jordânia e também no Iémen e ameaça estender-se pelos demais países do chamado mundo árabe, que possui uma população de cerca de 278 milhões que se estende por uma vasta área do planeta, da África à Ásia
   A característica principal da revolução árabe é a força do levantamento independente das massas contra os partidos, organizações e governos. A outra característica é a inexistência de uma verdadeira liderança de esquerda revolucionária que possa dirigir esse fenomenal ascenso rumo ao derrube dos regimes com os quais se chocam violentamente. Não é por outro motivo que, mesmo após a queda de Ben Ali, segue no governo provisório Mohammad Ghanouchi, personagem destacada da ditadura derrubada, que faz de tudo para retroceder a história. Ghanouchi aponta como única saída um processo eleitoral para um longínquo futuro, seis meses, segundo afirma. Não seria um longínquo futuro se as massas não estivessem insurrectas. Trata-se de ganhar tempo, para recompor o regime, apoiando-se nas ilusões democráticas das massas. Mas, na actual situação, o que podemos desejar é que as massas da Tunísia tomem a revolução de volta nas suas mãos, derrubem esse governo provisório, e, sem protelação, instaurem um governo dos trabalhadores e das massas oprimidas, baseado na criação de organismos de poder das massas insurrectas.


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